terça-feira, 31 de julho de 2012

UMA HORA DE AMOR.

Um menino, com voz tímida e olhos admirados, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
— Papai, quanto o senhor ganha por hora?
— Escuta aqui, meu filho, isso nem sua mãe sabe. Não me amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
— Mas, pai, por favor, diga-me quanto ganha por hora!
A reação do pai foi menos severa e respondeu-lhe:
— Três reais por hora.
— Então, meu pai, poderia emprestar-me um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, retrucou-lhe:
— Então essa era a razão de querer saber quanto ganho? Vá dormir e não me perturbe mais, menino aproveitador!
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência machucada, foi até o quarto do filho e, em voz baixa, perguntou-lhe:
— Filho, está dormindo?
— Não, papai, respondeu-lhe, sonolento, o garoto.
— Olha, aqui está o dinheiro que me pediu, um real.
— Muito obrigado, pai, disse-lhe o filho, cheio de felicidade, levantando-se e retirando mais dois reais da caixinha que estava sob a cama.
— Agora já completei, meu pai. Tenho três reais. Poderia vender-me uma hora do seu tempo?
POBREZA E RIQUEZA.

Um dia um pai de família rica levou seu filho para viajar pelo interior, com o firme propósito de mostrar-lhe o quanto as pessoas podem ser pobres. Passaram um dia e uma noite no pequeno sítio de uma família muito pobre. Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
 — Como foi a viagem?
 — Muito boa, papai!
 — Viu como as pessoas pobres podem ser?
 — Sim.
 — E o que aprendeu?
 O filho respondeu-lhe:
 — Vi que temos um cachorro em casa; eles têm quatro. Possuímos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Temos uma varanda coberta e iluminada com luz; eles têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada; eles têm uma floresta inteira.
 Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai, estupefato, ainda ouviu do filho:
 — Obrigado, pai, por me mostrar o quanto somos pobres!

MORAL DA HISTÓRIA: tudo o que temos depende da maneira como olhamos para as coisas. Se tivermos amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, temos tudo! Se somos pobre de espírito, nada temos!
A CAIXA.

O velho trabalhou a vida inteira. Ao aposentar-se, comprou uma propriedade rural para que o filho a administrasse e resolveu passar o resto de seus dias na varanda da casa principal.
O filho laborou na fazenda durante três anos. Então, começou a ficar com raiva:
— Meu pai não faz nada, comentava com seus amigos. Passa a vida olhando o jardim e me põe a trabalhar como se fosse escravo, para que possa alimentá-lo.
Um dia, resolveu acabar com a situação, que achava injusta. Construiu uma grande caixa de madeira, foi até a varanda e disse ao pai:
— Entre aí.
O pai obedeceu-lhe.
O filho colocou a caixa em seu caminhão e foi até a beira de um precipício. Quando se preparava para jogá-la lá embaixo, escutou a voz do pai:
— Meu filho, pode atirar-me no despenhadeiro, mas guarde a caixa. Está dando o exemplo, e seus filhos, algum dia, vão precisar dela para usá-la com você.
PRIMEIRA LIÇÃO DE VIDA.

Numa época em que um sorvete custava muito menos que hoje, um menino de dez anos entrou numa lanchonete e sentou-se à mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele.
— Quanto custa um sundae?
— 50 centavos.
O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.
— Bem, quanto custa o sorvete simples?
A essa altura, mais pessoas estavam esperando para ser atendidas e a garçonete começava a perder a paciência.
— 35 centavos, respondeu-lhe, de maneira brusca.
O garoto, mais uma vez, contou as moedas e disse-lhe:
— Vou querer, então, o sorvete simples.
A garçonete trouxe o sorvete simples, colocou-o na mesa e saiu.
O menino acabou de tomar o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.
Quando a garçonete voltou, começou a chorar, à medida que ia limpando a mesa, pois ali, do lado da taça vazia de sorvete, havia 15 centavos em moedas.